quarta-feira, 1 de abril de 2009

Você é intraempreendedor?

Você é intraempreendedor?

Você se considera um intraempreeendedor? Segundo a pesquisa da Global Entrepreneurship Monitor (GEM), muito provavelmente você NÃO é!

“O projeto Global Entrepreneurship Monitor (GEM) no Brasil com-
pletou em 2008 nove anos de edição ininterrupta, constituindo-se em um
valioso acervo de informações que revelam detalhes sobre o comporta-
mento do empreendedor brasileiro. Com dados estatísticos comparados
com mais de 60 países participantes do projeto, a pesquisa contempla in-
formações que avaliam o processo de abertura de um empreendimento e
suas características, gerando índices que revelam tendências econômicas
e sociais que podem ser determinantes para tomadas de decisões.

Panorama mundial do Empreendedorismo em 2008
O Brasil ocupou a 13ª posição no ranking mundial de empreendedo-
rismo realizado pelo Global Entrepreneurship Monitor em 2008. A Taxa de
Empreendedores em Estágio Inicial (TEA) brasileira foi de 12,02 o que sig-
nifica que de cada 100 brasileiros 12 realizavam alguma atividade empreen-
dedora até o momento da pesquisa. Essa taxa está relativamente próxima da
média histórica brasileira, que é de 12,72.” (1)

A GEM, pela primeira vez avaliou a taxa de intraempreendedorismo em 10 países, dos 43 que habitualmente realiza suas pesquisas sobre empreendedorismo.
O resultado foi surpreendente.

Antes, contudo vamos olhar um pouco essa pesquisa.






“A cada cem, meio brasileiro está entre esses caras (intraempreendedores): de uma amostra de duas mil pessoas entre 18 e 64 anos, apenas 0,55% foi classificada como intraempreendedora, contra 0,96% da média dos países. A Noruega tem a maior proporção (2,39%), seguida de Espanha, Holanda, Coréia do Sul, Chile, Brasil Uruguai, Peru, Letônia e Equador.” (2)

Uma pergunta não quer se calar: Porque o brasileiro, criativo de nascença, não consegue se transformar em um inovador e em intraempreendedor?
Será que as empresas, apesar de quererem intraempreededores, não estimulam seus colaboradores a sugerir e implementar inovações no ambiente empresarial?

Segundo Filion, na minha opinião o Papa do empreendedorismo, quanto maior a empresa, maior será a demanda de intraempreendedores.

Será que as empresas consideradas melhores para se trabalhar, aparecem no topo das brasileiras que mais estimulam o intraempreendedorismo? O SERASA, por exemplo, está em todas.

Por incrível que pareça, é a miopia empresarial de alguns empreendedores e dirigentes, o principal motivo para que potenciais inovadores (os criativos brasileiros) não sejam estimulados a se portarem como verdadeiros intraempreendedores. Infelizmente o brasileiro (empresário ou não) continua adepto do dito popular: manda quem pode, obedece quem tem juízo.

Tá na hora de acordar, sob pena de não conseguirmos acompanhar os demais países denominados BRICs (Brasil, Rússia, Índia e China) e perdermos essa oportunidade histórica que está prestes a acontecer.


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(1) 2008 – Relatório sobre empreendedorismo – Global Entrepreneurship Monitor – Curitiba, 2009.
(2) Esse é o cara – Caderno Boa Chance – O Globo – 29/03/09

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