sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Games

Muito bom esse artigo que transcrevo do site www.rh.com.br.

Essa, positivamente, é uma tendência que chegou para ficar. Sua aplicabilidade é quase infinita.

Quem quiser, e puder, entrar nessa área não vai se arrepender.

Boa leitura


"IGOR RAFAILOV

Fitoterapeuta Clínico formado na Alemanha, onde morou por nove anos. Especializado em Gestão por Valores pela Fundació Bosch i Gimpera, de Barcelona. É tradutor de alemão. Autor do "Dicionário Igor de Fobias", com mais de mil verbetes. É conhecido pelos amigos como "Colecionador de Fobias".

[ 23 Abril 2008 ]

GAMES: Uma nova forma de aprender, treinar e recrutar.

?Um jogo é uma forma de arte na qual participantes (...) tomam decisões a fim de gerenciar recursos (...) em busca de um objetivo.? (COSTIKYAN, 1994)

Para a Geração Y, dos nascidos a partir de 1980, é inconcebível um mundo sem computadores. E nós da Geração Baby-boomer (a qual pertenço) e da Geração X, com certas dificuldades, devemos testemunhar que o mundo digital veio para facilitar nossas vidas (ou atrapalhar, para quem ainda não pertence a este mundo).

Chamamos nossos filhos, sobrinhos ou netos para nos ensinar o uso ou solucionar problemas de informática. Isto, para quem assume a "infoignorância" sem medos.

O educador Marc Prensky chama de "nativos digitais" todos aqueles que se comunicam fluentemente na linguagem digital, através do uso de computador, jogos eletrônicos e internet. Ou seja, esta geração usa uma linguagem a mais, além do seu idioma nativo. Isto tem gerado conflitos com os "imigrantes digitais", ou seja, todos aqueles que não estão no mundo digital ou as pessoas "pré-digitais".

Muitas empresas já entenderam que a linguagem digital deve ser aproveitada pra desenvolver seus negócios. A adoção de um site é tão básico quanto ter divulgado seu numero de telefone. A comunicação através de emails, comunicadores instantâneos (tipo msn), ligações e conferências em iPhone (como o skype) já é lugar comum e causa de redução de custos.

O jogador virtual permanece em média 28 minutos por dia em seu jogo preferido. Surpreendentemente, o gênero que permanece mais tempo jogando é o feminino, na maior parte das vezes em games de dolls (bonecas virtuais), onde o jogo é combinar vestimentas, cores e acessórios. E nesses games já são disputados também campeonatos mundiais.

Os jogos eletrônicos no inicio do terceiro milênio.

Pesquisas de psicologia da aprendizagem indicam que o potencial de retenção de informação é variável e depende diretamente da fonte que fornece a informação: Assim, em média, retemos:

10% do que lemos,

50% do que ouvimos,

90% daquilo onde interagimos.

Os jogos são o melhor meio de aprendizado, pois oferecem a maior retenção àqueles que jogam. E os jogos despertam, além de interação, desafio, raciocínio, atenção e domínio de novas regras e valores.

Escolas já usam o jogo para ensinar álgebra, e isto sem aquelas chatíssimas aulas unidirecionais e estáticas. Precisamos acordar e entender que o ensino no século 21 é diferente e é bem mais veloz em sua apresentação e captação. E isto também vale para outras disciplinas, onde o jogo é um simulador virtual que pode ser repetido inúmeras vezes sem constranger o aprendiz e cansar o instrutor.

E como é isto na empresa, no mundo corporativo?

Muitas empresas no Japão e nos EUA já fazem pleno uso de games para marketing, recrutamento e treinamento, tanto em sites, como em ambientes virtuais (Second Life), celulares, comunicadores virtuais e brindes. Todos que desejarem trabalhar no grupo Google, por exemplo, devem se apresentar através de um game, que já é o processo seletivo. Dependendo da quantidade de pontos alcançados, o candidato pode preencher a ficha de currículo. Ou, então, já está eliminado. Bancos de investimento vasculham os jogos de empreendedores a procura de bons planos de negócios no mundo virtual.

No Brasil, ainda há poucas empresas que perceberam o potencial dos games e a redução de custos que oferecem. A maioria das que se utilizam desta ferramenta são multinacionais estrangeiras ou brasileiras. Um bom exemplo vem de uma agência de publicidade, que percebeu a demora dos novatos em compreenderem a dinâmica deste negócio. Eles levavam até 6 meses para assimilar toda a sua rotina, potencial, estrutura, cultura e normas. Com um game oferecido no dia da integração, o sentimento do ?having fun?, ou seja, "estar se divertindo", reduziu esta demora para no máximo 6 dias.

O Sebrae oferece o jogo "Restaurante Sebrae", desenvolvido pela Jynx, empresa do Recife, onde o jogador simula dirigir seu próprio restaurante self-service e, com feedback constante do fluxo de caixa e do capital aplicado. Duas horas de jogo, simulam o equivalente a um mês no mundo real. Se o jogador falir, poderá reiniciar o jogo inúmeras vezes, até conseguir se manter ou mesmo ampliar seu negócio virtualmente. Atingindo o êxito, ele poderá partir para outro estágio, como ampliar o estabelecimento, ou montar uma filial, ou mesmo mudar para um bairro melhor ou para um shopping. Um bom jogador no "Restaurante Sebrae" pode iniciar seu negócio de verdade mais consciente dos seus desafios e, assim, reduzir os índices da "mortalidade precoce", que costuma ocorrer nas novas empresas do mundo real.

Games podem solucionar muitos outros problemas.

Marcadores: game corporativo treinamento simulador barato

Disponível em http://www.rh.com.br/blog_igor.php?org=4 acessado em 19/09/08

domingo, 7 de setembro de 2008

Orkut como instrumento de apoio à seleção


Orkut como instrumento de apoio à seleção


Veja só o que eu postei, em 2006, no forum Administradores no Orkut:

"18/01/06
Oscar
Orkut, recrutamento e seleção
Todos sabem que muitas empresas checam no orkut, o perfil de seus candidatos.Você acha válido este tipo de consulta?"


Muita gente respondeu, alguns criticando, outros percebendo a importância dessa ferramenta.

Para minha surpresa, o Fantástico de 31/08/08 tratou desse mesmo assunto, cerca de 30 meses depois.


O que está acontecendo?

Será que estamos na frente? Sinceramente, acho que não.

Porque, então, tanto tempo para tratar de assunto tão relevante?


Na era do capital intelectual, continuamos dizendo que precisamos contratar mão-de-obra, exatamente como Ford falava e Chaplin satirizava.


Precisamos acordar, com urgência, dessa letargia administrativa da era industrial clássica, sob pena de nos tornarmos obsoletos.

Mão-de-obra era um termo muito utilizado no momento que precisávamos apenas das mãos dos colaboradores para apertar um botão, por exemplo.


Será que essa terminologia deve continuar sendo aplicada? Na minha opinião, NÃO. POSITIVAMENTE NÃO!


Depois, alguns empresários não sabem como podem estar perdendo seus colaboradores para empresas que os enxergam como aqueles capazes de fazer a diferença em seus empreendimentos.


Creio que não precisamos mão-de-obra qualificada. Antes, contudo, precisamos qualificar alguns empresários que continuam vivendo e administrando como no início do século XX.


Como o assunto é o uso da internet para identificar características importantes entre o perfil de de potenciais colaboradores e o CHA descrito na modelagem do cargo a ser preenchido, lá vai mais uma dica: escreva seu nome no Google e, quem sabe, surpreenda-se.


Aceitem ou não, a internet está aí para que souber utilizá-la.


Um grande abraço.