1) Mundo Atual: Novos tempos, novas atitudes
“O mundo das organizações – o mundo dos negócios – está mudando com uma rapidez incrível. Tal mudança vem apresentando uma velocidade e profundidade cada vez maior. Mais ainda: a mudança está se tornando profunda e descontínua. Isso significa que a mudança está trazendo uma verdadeira ruptura com relação ao passado. A descontinuidade significa que as inovações estão fazendo com que o presente seja completamente diferente do passado. No decorrer das últimas décadas, o ímpeto das mudanças está se caracterizando por uma incrível aceleração. De um modo geral, o século XX – o século das burocracias e das fábricas – passou por três etapas distintas no que se refere à estrutura organizacional das organizações: a era industrial clássica, a era industrial neoclássica e a era da informação.”
Palavras e frases como – ética, responsabilidade social e ambiental, globalização, informação rápida e aprofundada, espírito empreendedor, cultura de inovação, qualidade e excelência, resiliência, ambiente altamente competitivo, competência (CHA), “coopetição”, tecnologia volátil e clientar – são conceitos que vieram para ficar, pelo menos nos próximos anos.
A atitude, felizmente, é cada vez mais valorizada. Quando o conhecimento é aplicado com uma nova percepção da realidade dos negócios, ai pode residir toda a diferença entre o sucesso e o insucesso.
O capital vem mudando de mãos, antes eram os senhores das terras, depois os industriais, agora, e para os próximos anos, os detentores do conhecimento e, principalmente, da informação relevante. Os Bil Gates que o digam.
Os formatos dos organogramas nos mostram essa realidade:
Na Era Industrial Clássica...
Éramos chamados de mão-de-obra, pois para realizar essas tarefas eram necessárias apenas às mãos.
Foi o tempo do DP (Departamento Pessoal).
Na Era Industrial Neoclássica...
Na Era Industrial Neoclássica, entre 1950 e 1990, o foco passou para: desenvolvimento industrial; aumento da mudança; fim da previsibilidade; inovação; desenho híbrido: estrutura funcional acoplada à estrutura de P/S (produto/serviço ou projeto/sistema); coordenação descentralizada sob dupla subordinação: autoridade funcional e autoridade de projeto (produto/serviço); padrões duplos de interação em cargos mutáveis e inovadores; aumento da capacidade de processamento da informação; cargos adequados para as tarefas mais complexas e inovadoras; ideal para ambiente instável e mutável e tecnologia mutável; razoável capacidade para mudança.
Passamos a ser chamados por Recursos Humanos. Recursos de uma empresa: materiais, financeiros e .... humanos.
Foi a era da Administração de Recursos Humanos.
Na Era da Informação...
Na Era da Informação, que começou após 1990, o norte passou para: tecnologia da informação; serviços; aceleração da mudança; imprevisibilidade; instabilidade e incerteza; ênfase em equipes autônomas e não mais em órgãos ou departamentos; elevada interdependência entre redes internas de equipes; organização ágil, maleável, fluida, simples e inovadora; intensa interação através de cargos autodefinidos e mutáveis; cargos flexíveis e adequados a tarefas complexas e variadas; capacidade expandida de processamento da informação; ênfase na mudança, na criatividade e na inovação; ideal para ambiente mutável e dinâmico e tecnologia de ponta. É a Era da Gestão de Pessoas, onde o colaborador passa a ser chamado de Capital Intelectual.
Como se trata de um termo recentemente adotado em administração de empresas cabe aqui caracterizar o significado de resiliência. Para Gehringer (2005), “é a capacidade que poucas pessoas têm de se adaptar às novas situações”, adentrando nesse conceito temos:
“Para as ciências físicas,..., a resiliência é o poder ou a habilidade de uma dada substância de retomar sua forma original depois de modificada ou danificada por alguma razão. Um material alterado, amassado, comprimido, puxado ou empurrado tende a voltar ao seu estado anterior, quando tem características resilientes. [...]. Organizações e pessoas resilientes apresentam esse mesmo poder ou habilidade: quando agredidas por algum elemento externo, elas sacodem a poeira e dão a volta por cima.” (CHIAVENATO, Gestão de Pessoas e Administração de Novos Tempos. Editora Campus, 2005).