É preciso
crescer
No dia
16/02/13, o Jornal A Voz da Serra, através do colunista Giuseppe Massimo,
publicou as seguintes notas:
“EMPREGO EM BAIXA (1)[1]
Nova Friburgo fechou 2012 em
baixa.
Segundo o Caged, cadastro geral
de emprego e desemprego do Ministério do Trabalho, o número de empregos formais
no município encolheu cerca de 1%.
Ou seja, foram 515 empregos a
menos em relação ao ano anterior.
Vale lembrar que, em 2011, a
tragédia climática já havia atingido em cheio o nível de emprego aqui, na cidade.
EMPREGO EM BAIXA (2)
Nova Friburgo perdeu 515 empregos
com carteira assinada em 2012.
Segundo o Ministério do Trabalho,
o município ficou na rabeira do ranking estadual.
Entre as cidades com mais de 30
mil habitantes, Nova Friburgo foi a 37ª.
É, digamos, um resultado
catastrófico.”
Refletindo com base nestas
informações, é preciso que governo
e empresários assumam, de uma vez por
todas, uma postura que possibilite a geração de emprego e renda na cidade de
Nova Friburgo, sob pena de continuarmos seu esvaziamento econômico.
No ano de 2011, por conta das
ações climáticas na região serrana, muitas empresas tiveram que demitir e,
outras tantas foram obrigadas a “fechar suas portas”, quer por causa das
inundações, quer por deslizamentos, ou
ainda, em função da forte diminuição dos pedidos de seus clientes. Foi um ano
doloroso.
O governo para minimizar o
impacto sobre a economia criou linhas de crédito específicas, além de liberar
parte do FGTS aos habitantes das regiões afetadas. Mesmo assim, demoramos muito
a recompor o quadro funcional anterior à tragédia.
Para agravar este quadro, a busca
por pessoas talentosas retirou dessas regiões muitos colaboradores que migraram
para outras, em especial para outros municípios do próprio Rio de Janeiro.
Com o início de 2012, esperanças.
Com seu término, decepções.
Nova Friburgo fechou o ano com um
quadro funcional de colaboradores com carteira assinada menor que no ano
anterior. Ocupando um modesto 37º. lugar no ranking do estado. Um fato, no
mínimo, preocupante.
Apesar do Eldorado que se
transformou o Estado do Rio de Janeiro, geramos menos empregos que no ano da
tragédia.
O quê esperar de 2013?
Certamente a busca por pessoas
qualificadas vai continuar, e ela, creio eu, será cada vez mais intensa. O
motivo? Não se “criam” colaboradores qualificados do dia para a noite.
O governo, além da tradicional
oferta de crédito, precisa incentivar a fixação de empresas na região, via
redução de impostos e criação de polos de atração de empresas.
Por outro lado, as empresas
precisam, com urgência, rever seus planos de cargos e salários e seus
benefícios na tentativa de reter seus talentos. Contudo, como nem só de
dinheiro vivem os homens, algumas ações gerenciais podem servir como fonte de
retenção. É preciso valorizar mais os colaboradores. Claro, salários e
benefícios compatíveis com o mercado, hoje comprador de talentos é uma dessas
necessidades. Precisamos nos aproximar das faixas salariais praticadas em
Macaé, por exemplo.
Todavia, acolher, preparar,
desenvolver e valorizar os talentos locais é uma formula de baixo custo que vai
permitir que o colaborador pense duas vezes antes de migrar para outros
municípios.
Será que uma empresa com alto
índice de felicidade no trabalho vai perder seus talentos para outra, cujo
índice seja mais baixo, mesmo que seja para ganhar um pouco mais? Positivamente
não!
O mundo está sedento de inovações
e estas dependem da criatividade. Bem.... criatividade depende de pessoas.
Assim, reter talentos, via sua valorização, é questão de sobrevivência.
Outro aspecto que necessita ser
considerado é retirar a atenção, exclusivamente, do curto prazo. Empresas longevas
criam metas de curto prazo alinhadas com o longo prazo.
Acredito que os atores do
ecossistema empresarial (ver artigo sobre os Stakeholders) devem praticar o
ganha/ganha. Empresas sustentáveis respeitam seus atores, todos devem ganhar.
São eles que possibilitam a vida longa das empresas e seu crescimento.
[1] A
Voz da Serra de 16/02/13, disponível em http://www.avozdaserra.com.br/coluna.php?colunista=4
. Acesso 17/02/13
Um comentário:
Eu Particularmente moro e Trabalho em Macaé porque Friburgo e o seu mercado profissional não me dão condições nem de sustentar minha Família, quanto mais me dar condições de curtir meus momentos de descanso com qualidade ou fazer planos pro futuro. Uma pena porque eu amo minha cidade e qualidade de vida igual não tem.
Os empresários precisam mudar a ideologia, mas o governo tem que dar condições a eles de se igualar a um mercado maior. Bom Jardim ai do lado esta mostrando como uma politica de isenção de impostos da certo.
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