segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Seu trabalho ficou velho?

Seu trabalho ficou velho?



Saiu no caderno Boa Chance de 05/10/08: "Roberto Cassano, da Agência Frog, costuma dizer aos analistas de mídias sociais que, no dia em que a mãe deles entenderem o que fazem, é porque o trabalho ficou velho."



Caraca!



Novas profissões surgem a cada dia. Outras se extiguem...

Alguns gestores de pessoas insistem em continuar definindo o perfil dos cargos.
Em um mundo de empregabilidade supervolátil, nem a modelagem de cargos se sustenta mais.



Ao invés de perdermos tempo defindo cargos, não seria mais interessante tentar descrever o espaço funcional dos colaboradores?



Quando os cargos são exaustivamente definidos, alguns colaboradores "da antiga" insistem em se esconder atrás do escopo dessa definição. Volta e meia escuto: "Isso não faz parte de minha função!"



Creio que num mundo onde a inovação é questão de sobrevivência, limitar o escopo do trabalho é, simplesmente, manter o status quo dos velhos e rígidos organogramas clássicos. Ou seja, estamos engessando a criatividade de nossos talentosos colaboradores e, consequentemente, restringimos nossa empresa.



Afinal, o que é espaço funcional?

Veja só: novas necessidades surgem a cada instante, logo, limitar o trabalho aos formatos tradicionais só pode trazer como resultado o descontentamento.
O espaço funcional indica as ações que os colaboradores devem desempenhar e os valores que devem nortear seus trabalhos, sem contudo serem definitivas.
Ela descreve a linha mestra do trabalho a ser desempenhado e as competências que seu ocupante deve possuir. Lembrando que competência é sinônimo de CHA (conhecimentos, habilidades e atitudes desejados)
O espaço funcional, portanto, é flexível, mutante e exige pessoas (e gestão de pessoas) inovadoras.



Empresas organizadas como redes neurais, onde o espaço organizacional substitui a desgastada estrutura clássica (organograma tradicional) jamais irão perder a flexibilidade e a possibilidade de crescimento. Elas podem se expandir indefinidamente, sem inchar e sem criar hierarquias (que pressupõe uma pessoa melhor que a outra).




Chega de soluções antigas para novos problemas!
Precisamos de novas soluções para novos problemas.
O que deu certo no passado não está mais surtindo efeito no presente. Os bancos americanos que o digam.

É preciso mudar: é preciso inventar novas empresas, novas formas de organização, novos perfis profissionais, novos focos de controle (onde o intangível passa a ser relevante e imprescindível) e novas formas de olhar o cliente e o mercado.

Se sua mãe entende o que você faz, é muito provável que o seu trabalho tenha ficado velho. É hora de repensar sobre o que você faz e como você faz.

Um comentário:

Unknown disse...

Fábio diz:

"onde o intangível passa a ser relevante e imprescindível"
ótima frase, visto que vivemos em um mundo em que nem sempre o melhor faz sucesso, mas sim o "mais famoso"
A coca cola que o diga.

Ás vezes eu penso que, como as empresas estão crescendo e tudo mais, hoje em dias tem se esquecido das verdadeiras "indústrias de base", o senhor não acha? por exemplo, o campo alimentício hoje em dia não é muito o alvo de assuntos administrativos... Acho que o mundo está muito voltado para o enriquecimento e pro consumismo.
Meu pensamento talvez seja diferente (e é!) da maioria dos administradores (não é a toa que eu quero montar uma ong)

As vezes agente percebe que a questão de novos empregos "engolem" o profissional conteporâneo, e acho que vai chegar um dia que alguém vai fazer o processo contrário, investindo nas coisas simples e vai lucrar altamente com isso, jah que outras empresas só se procuparão como inovações e novidades.
Você não acha?