A Holocracia e outras
tendências e seus impactos na área de Gestão do Capital Humano
As empresas precisam, com urgência, se reinventarem.
Se olharmos as tendências para os próximos anos do mercado
de trabalho e da forma com as
empresas devem se organizar não podemos deixar de lado o papel
estratégico do gestor do capital humano.
Holocracia, empresas distribuídas e aprendizagem
colaborativa, creio eu, são novos olhares que começam a despontar e,
provavelmente, serão o mote da nova sociedade.
A Holocracia pressupõe a utilização de uma estrutura
organizacional semelhante àquela sugerida
por Chiavenato como a estrutura da Era da Informação:
Ou seja:
“Na Era da Informação, que começou após 1990, o
norte passou para: tecnologia da informação; serviços; aceleração da
mudança; imprevisibilidade;
instabilidade e incerteza; ênfase no espaço
organizacional ocupado por equipes autônomas e não mais em órgãos ou
departamentos; elevada interdependência entre redes internas de equipes;
organização ágil, maleável, fluida, simples e inovadora; intensa interação
através de espaços funcionais (em substituição aos cargos bem delimitados)
autodefinidos, mutáveis, flexíveis e adequados a tarefas complexas e variadas;
capacidade expandida de processamento da informação; ênfase na mudança, na
criatividade e na inovação; ideal para ambiente mutável e dinâmico e tecnologia
de ponta”. (CORREIA, 2008)
Neste caso o Gestor do Capital Humano vai ter que
conviver com estruturas extremamente rígidas, típicas da Era Industrial
Clássica e outras hiper-flexíveis como as da Era da Informação. E, talvez o
mais difícil, trabalhar em uma empresa de vanguarda e ter que conviver com as
restrições impostas pela CLT, que em tempo de horário flexível e administração
por resultados insiste em usar o velho cartão de ponto, agora com uma nova
roupagem: o ponto biométrico.
Empresas que percebem o mundo vindouro já começam a
se organizar eliminando as estruturas
hierarquias e criando em seu lugar a holocracia.
Por outro lado existe uma tendência a descentralizar
geograficamente as empresas. Porque as pessoas devem gastar uma enormidade de
tempo em deslocamentos para o trabalho? As empresas, estimuladas pelos governos – via redução de
impostos, ficarão mais próximas dos trabalhadores e o trabalho deve ser o local
onde o colaborador estiver. O tempo dos escritórios tradicionais e das home offices está com os dias contados?
Outro aspecto que vai impactar nessa área é o
processo colaborativo da aprendizagem. Há de se criar novas formas de se
relacionar e aproveitar esse formato para estimular a aprendizagem
colaborativa. Claro que não basta criar um processo qualquer para esse passo
gigantesco que precisa ser dado. É preciso, sobretudo quebrar alguns modelos
mentais que inibem esse formato de aprendizagem.
Em resumo, de um modo geral, o século XX – o século
das burocracias e das fábricas – passou por três etapas distintas no que se
refere à estrutura organizacional das empresas: a era industrial clássica, a
era industrial neoclássica e a era da informação. Muito já avançamos desde o
final do século passado e o início do século XXI, contudo, infelizmente
convivemos com empresas da era Chaplin em contraste com holocracias emergentes.
Um grande desafio para o gestor do Capital Humano!
As empresas precisam, com urgência, se reinventarem.