quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Desafio 2011: Reter Talentos

Desafio 2011: Reter Talentos

Desafio 2011: Reter Talentos. Sua empresa está preparada? Esse foi o tema do bate papo com os feras de Gestão do Capital Humano  de Nova Friburgo e adjacências, que aconteceu no SESI Friburgo, ontem 08/12/10.
A conversa iniciou com alguns dados sobre o cenário atual de nossa economia, que pode ser sintetizado como segue:
       Crescimento do PIB;
       Aumento da massa salarial;
       Incremento da produção para atender a demanda;
       Índice de desemprego – 6,1% ( na região metropolitana de Porto Alegre, 3,7%);
       Necessidade de contratar colaboradores;
       Forte crescimento dos investimentos no RJ;
       Turnover -  17,47% (c/ CTPS) e 62,82% (s/ CTPS);
       Projeto governamental desenvolvimentista;
       O Brasil ocupa o 2º. Lugar  no ranking mundial de insatisfação com o emprego e com o salário.
       Infraestrutura deficiente;
       Alto custo trabalhista;
       Altas margens de lucro;
       Falta de canais para inovação;
       As novas percepções que geração Y está trazendo para dentro das empresas;
       Etc.
Ou seja, está difícil contratar porque as empresas já estão usando o estoque de desempregados que no momento está muito baixo, em alguns casos, tão baixo quanto na Noruega. Aliado a esse fato, o descontentamento dos empregados.

Mas porque esse descontentamento? Para começar o  modelo mental de grande parte dos empresários ainda segue os preceitos de Taylor, Fayol e, claro, Ford. Basta abrir os jornais e ler: “Precisamos qualificar a mão de obra”; “Apagão da mão de obra”; “Está difícil  encontrar mão de obra qualificada” ou seja, o paradigma da mão de obra de Ford ainda está presente. Não custa nada lembrar que no início do século passado, as indústrias precisavam de executores robotizados para sua linha de montagem, daí o termo mão de obra, pois só eram necessárias as mãos dos trabalhadores.

O que pensar do uso dessa terminologia em plena era do capital humano? Na melhor das hipóteses retrata o inconsciente desses empresários.

Claro, existem diversos modelos mentais e comportamentais que auxiliam na insatisfação dos colaboradores, contudo, a adoção de estruturas hierárquicas típicas de 1900, excesso de restrições  provocadas pela burrocracia imperante, aliada a rotinas e processos pouco criativos conduzem ao estágio de desânimo. O que dizer então do constrangimento do colaborador que se vê controlado quando vai ao banheiro?

Se já está difícil contratar o capital humano, como fazer para MANTER seus colaboradores mais talentosos? Sim, são eles que as empresas estão procurando!   

O momento exige uma mudança de postura gerencial de forma a privilegiar os talentosos que entregam resultados.  Custa muito mais caro preparar um novo talento, do que manter a auto motivação de seus colaboradores atuais.

Ao invés de se preocupar com o apagão da mão de obra, talvez fosse mais prudente se concentrar no que fazer para RETER o melhor do capital intelectual de sua empresa.

Por isso creio que o grande desafio para 2011 será  RETER talentos.